Usuários reclamam de frota precária, serviço ineficiente e falta de ônibus aos finais de semana e feriados em Ourinhos

Nesta semana, a reportagem do Fala Ourinhos esteve no Terminal de Ônibus e conversou com a população que utiliza o transporte público diariamente para estudar e/ou trabalhar, buscando saber como está o nível de eficiência e qualidade do serviço prestado pela concessionária AVOA, que recebe atualmente um subsídio mensal de R$400 mil da Prefeitura para sua execução.

Nos relatos feitos pelos usuários do transporte público que estavam no Terminal foram apontados diversos problemas crônicos que, segundo eles, existem há muitos anos, mas que se agravaram desde a pandemia em 2020 e 2021, quando foram reduzidos os horários dos circulares.

Entre as principais reclamações estão que, além de pagarem uma passagem cara, que custa atualmente R$4,50 (uma das maiores da região), contam com ônibus velhos e desconfortáveis, sem acessibilidade e que quebram toda semana.

Também reclamaram sobre a falta de circulação dos ônibus nos sábados à noite e nos domingos e feriados, fato que passou a dificultar o deslocamento para quem trabalha nestes dias e não possui carro, nem moto, ou não tem condições de pagar mototáxi, sendo obrigado a caminhar vários quilômetros para ir de sua casa para o trabalho, e retornar ao seu lar no final do expediente. Além disso, a falta de transporte público aos feriados e finais de semana limita aos munícipes a possibilidade de se locomover pela cidade para disfrutar de opções de lazer no centro, ou mesmo para visitar parentes e amigos que vivem em outros bairros, como é o caso de Maria, que nos informou que não visita a mãe nos finais de semana devido à distância e à falta de transporte.

Outras questões levantadas pelos usuários foram a falta de bebedouros e lugares confortáveis no terminal, falta de pontos de ônibus cobertos e confortáveis em muitos locais da cidade, que os deixam desprotegidos nos dias de chuva, e a superlotação dos ônibus em horários de pico, fato que obriga muitas pessoas a ficarem de pé em todo o trajeto, após um dia cansativo de trabalho, além de ficarem expostos e em risco.

Por fim, nos foi relatado sobre a falta de linhas interbairros, que obriga a passagem dos ônibus pelo terminal central, afogando o trânsito do centro e fazendo com que muitas vezes o passageiro perca o segundo ônibus, devido ao atraso do primeiro pelo trânsito intenso. Por último, foi questionada por um passageiro a demora para que ocorra a nova licitação do transporte público coletivo no município.