Novo Secretário da Saúde de Ourinhos, Diego Singolani, deixa prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo em déficit
- jornalfalaourinhos
- 10 de jan.
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Singolani é ex-prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo e foi candidato à reeleição derrotado nas últimas eleições

Diego Singolani, novo Secretário da Saúde de Ourinhos-SP nomeado pelo prefeito que assumiu a gestão do município no início deste mês, Guilherme Gonçalves, deixou a prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo-SP em uma situação financeira preocupante, segundo noticiou ontem o veículo IBTV.
Singolani é ex-prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo e foi candidato à reeleição derrotado nas últimas eleições. De acordo com as informações divulgadas, como herança de sua gestão na cidade vizinha, o novo Secretário de Saúde de Ourinhos deixou cerca de 17 milhões de reais em caixa. No entanto, segundo a equipe do novo prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo, Otacílio, esse valor já está comprometido em dívidas a pagar. Isso significa que a nova gestão assumiu a administração com os cofres públicos, praticamente, “zerados”.
Segundo IBTV, essa situação poderá afetar o funcionamento de diversos serviços essenciais na cidade, incluindo os da Santa Casa. Em uma live, o presidente da Câmara Municipal, Juninho Souza, afirmou que os funcionários da Santa Casa se encontram com salários atrasados por falta de recursos.

Impactos em Ourinhos
A informação repercute negativamente e despertando preocupações na cidade de Ourinhos, onde Singolani fora nomeado Secretário da Saúde da gestão de Guilherme Gonçalves. A Saúde é uma das pautas prioritárias e o tema de maior preocupação para a população da cidade, além de se tratar de uma das pastas da prefeitura de Ourinhos que hoje detém maior porcentagem do orçamento, sendo também destinação prioritária de emendas parlamentares e outros investimentos de âmbito estadual e federal.
Em decreto de número 7982 de 3 de janeiro de 2025, Guilherme Gonçalves outorgou a Singolani e a outros dois secretários da gestão municipal poderes especiais para representação do município junto às instituições financeiras oficiais.
Os poderes especiais conferidos pelo decreto incluem: “abrir, movimentar e encerrar contas, efetuar saques em conta corrente e/ou poupança, solicitar saldos e extratos de contas, emitir, assinar, endossar, sustar, contra-ordenar, cancelar e baixar cheques, requisitar talonários de cheques, retirar cheques devolvidos, cadastrar, alterar e desbloquear senhas, requisitar cartão eletrônico, movimentar conta corrente com cartão eletrônico, efetuar pagamentos/transferências por qualquer meio; liberar arquivos de pagamento, efetuar resgates e aplicações financeiras, autorizar cobrança, receber, passar recibos e dar quitação, autorizar débito em conta relativo a operações emitir comprovantes ou qualquer outro ato administrativo representando os órgãos e fundos da Administração Municipal”.
Além do Secretário da Saúde, Diego Singolani, figuram nesse rol de autoridades com poderes especiais para realizar movimentações financeiras em nome da gestão municipal: o Secretário Municipal de Finanças, Leandro de Oliveira Moraes, e a Secretária Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Flávia Maria Hretsiuk.

A Saúde de Ourinhos e a UMMES
Um dia após a divulgação das informações que apontam para problemas na gestão financeira de Singolani à frente da prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo, a prefeitura de Ourinhos noticiou que Guilherme Gonçalves fora eleito por unanimidade o novo presidente da UMMES (União dos Municípios da Média Sorocabana).
Coincidência ou não, Diego Singolani é ex-presidente da UMMES, e Ourinhos havia se distanciado desse consórcio por decisão do ex-prefeito Lucas Pocay que, após tensões políticas com o bloco, decidiu no final de 2023 retirar a gestão da base regional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) Ourinhos/Salto Grande da UMMES e passá-la em caráter de urgência e sem licitação para a empresa privada SAMAIS Gestão em Saúde.
A forma com que o ex-prefeito de Ourinhos, Lucas Pocay, realizou uma contratação emergencial e tentou assumir a posse da base regional do SAMU em 30/09/2023, após alegar que a UMMES não cumpria com as demandas da população, causou preocupações por parte de trabalhadores da saúde e população, bem como gerou disputas judiciais.
Não houve reclamações com relação ao atendimento prestado pelo SAMU após a mudança de sua administração para a SAMAIS, porém o novo contrato representou um acréscimo de cerca de R$210.000 mensais nos gastos da prefeitura, em comparação com o antigo convênio.
Seguiremos de olho nos próximos acontecimentos da Saúde, bem como das finanças e políticas públicas em nossa cidade! Acompanhe conosco!
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