Projeto de escolas cívico-militares é aprovado na Alesp
- jornalfalaourinhos
- 24 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, nesta terça-feira (21), o projeto de lei para implementação de escolas cívico-militares nas redes municipais e estadual de ensino do estado de São Paulo

O texto, de autoria do governador Tarcísio Freitas (Republicanos), teve 54 votos a favor e 21 contra em uma sessão marcada por uma forte violência policial contra estudantes que protestavam contra a votação, inclusive com a detenção de alguns deles.
O programa divide a responsabilidade pelo processo educacional entre professores, profissionais pedagógicos que irão cuidar das atividades em sala de aula, e policiais militares - que ficarão responsáveis pelo monitoramento dos alunos e pelas atividades extracurriculares. Esse modelo, que tem sido alvo de críticas de educadores e estudantes, já está em vigor no Paraná e foi considerado inconstitucional pela Advocacia Geral da União (AGU). A respeito, entrevistamos o estudante secundarista de Ourinhos, Rodrigo de Oliveira, de 14 anos, que é contra o projeto das escolas cívico-militares. Conheça a opinião de Rodrigo a seguir: Primeiramente, é importante destacar que a implantação de escolas cívico-militares no nosso país vai na contra-mão do conceito de uma educação inclusiva e democrática. Essas escolas têm princípios disciplinares baseados no militarismo, o que pode reforçar a cultura do autoritarismo e da militarização na nossa sociedade.
A aprovação desse projeto representa um grande retrocesso à educação brasileira. Um grande exemplo é quando falamos da votação na Alesp. Muitos estudantes estavam ali mostrando o seu ponto de vista sobre o projeto, e muitos foram espancados. Aí deixo a pergunta: é essa a nossa democracia? Onde nós não podemos falar o que pensamos? Onde nós estudantes não podemos dizer o que queremos para o nosso futuro?
Hoje nós podemos ver a falta de compromisso com o futuro da nossa educação e dos nossos estudantes. Nós podemos ver que o nosso governador, que não investe na educação, mal quer ouvir a opinião dos professores e dos estudantes.
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